Por outro lado, especialistas notam que a Rússia, ao se envolver na guerra civil da Síria ligada, inegavelmente, a Bashar al Assad, depara-se com problemas graves. "Até agora somos parte do conflito, e não moderadores", diz Leonid Issaev. De acordo com ele, a Rússia não tem, no momento, contato com a oposição síria, o que restringe suas possibilidades de se apresentar como um moderador eficiente. Esse empenho unilateral é perigoso, abala a confiança da oposição e dificulta a atividade pacificadora da Rússia.
Além disso, é muito difícil para a Rússia, assim como para os EUA, lançar uma resolução ampla de pacificação da crise síria com base bilateral. "Todas as partes do conflito se comportam como querem, e não se pode dizer que a Rússia e os EUA controlam totalmente seus parceiros. Há uma esfera bastante ampla que tanto nós, como os EUA, pouco podemos mudar", diz Zviaguelskaia..
"Os entendimentos russo-americanos funcionarão apenas quando, tanto para nós, quanto para os norte-americanos, o cumprimento dos acordos de Genebra for prioritário sobre as obrigações dos aliados. Acredito que, dentro de algum tempo, vamos voltar à mesa de negociações", afirma Issaev.